10 - Cronologia dos
Acontecimentos Notáveis na Vida de Santa Rosa de Viterbo
Esta
cronologia é baseada, principalmente: na obra “Il Libro dei Miracoli di Santa
Rosa da Viterbo”, do Pe. Ernesto Piacentini, O.F.M. Conv., Postulador da Causa
dos Santos; dos processos de canonização iniciados (Vita Prima e Vita Seconda);
e do livro “Rosa: Eroica, Giovanetta, Santa”, do biógrafo Paolo Cenci.
Durante a Vida
1233 - Santa Rosa nasce em Viterbo, filha de Giovanni e Caterina, que lhe conferem uma educação cristã. Sobre o dia e mês do nascimento, nos diversos autores consultados, há apenas suposições.
1233 - Santa Rosa nasce em Viterbo, filha de Giovanni e Caterina, que lhe conferem uma educação cristã. Sobre o dia e mês do nascimento, nos diversos autores consultados, há apenas suposições.
1235 - Em Viterbo, se inicia a construção do
[Monastério de São Damião], Assis, para onde Rosa será transportada depois de
sua morte.
1236 – Em Viterbo, os Franciscanos, presentes
desde 1220 próximos à Chiesa di San
Giovanni in Zoccoli, iniciam a construção da Chiesa di San Francesco alla
Rocca.
1243 – Assédio de Viterbo por parte do
Imperador Frederico II. Divisão interna entre os cidadãos de Viterbo em favor
do Papa ou do Imperador.
21/6/1250 – (terça-feira) – Santa Rosa é acamada,
gravemente enferma. Repentinamente, afirma ver a alma de falecidos e reconhece
alguns que nunca havia visto, porque falecidos 20 ou 30 anos antes de seu
nascimento, e distinguia os bons dos maus.
22/6/1250 – (quarta-feira ) – Santa Rosa pede a
sua mãe qualquer coisa para comer antes de iniciar o jejum, no dia seguinte,
para a vigília de [São João Batista]. Levanta-se e louva o Senhor, a Virgem
Maria e aos santos. Entre várias preces, faz uma pelo rei da França, São Luiz
IX, que havia conduzido uma cruzada (Sétima Cruzada) contra os sarracenos, na
qual fora feito prisioneiro, e depois resgatado, e em 8 de maio de 1250,
encontrava-se em Acre (Israel).
23/6/1250 – (quinta-feira) – Santa Rosa se joga
nua em terra, em forma de cruz, e chorando, diz à mãe que renunciava às
riquezas do mundo, e obedecendo as ordens que lhe havia dado a Virgem Maria
solicita a Dona Sita que a vestisse de túnica e corda e lhe corte os cabelos
como os de um clérigo. Depois, à noite, fez reunir pela mãe um grupo de
senhoras e exortava-lhes e contava-lhes sobre a aparição da Virgem e o que esta
a havia ordenado.
24/6/1250 – (sexta-feira) – Santa Rosa vai visitar
a Igreja de São João Batista, de São Francisco e de Santa Maria in Poggio, como
lhe havia ordenado a Virgem Maria.
25/6/1250 – (sábado) – A partir disto muita gente
se interessa por Rosa.
Discussão
com seu pai, Giovanni, que por fim aceita a vocação da filha e a abençoa com os
familiares, com Dona Sita, e outros; Santa Rosa pede também por um sacerdote
que a abençoe.
Rosa
sai caminhando por Viterbo, com um crucifixo na mão, louvando a Deus, a Virgem
Maria, e os santos, e encoraja a população a frequentar a igreja e rezar.
Aparece-lhe
o Crucifixo do Divino Mestre e ela inicia a macerar-se para participar do
sofrimento de Cristo. Encaminha-se para a Igreja, mas, como está sangrando e
implora falando com o Senhor, um homem, por compaixão, a leva de volta para
casa, onde, por três dias, continua a martirizar-se.
Depois
pede para a mãe para trazê-la um pouco de erva menta para beneficiar as vias
respiratórias. Através daquele ramalhete de menta abençoado pelo Senhor sobre
seu peito se celebra seu casamento místico (como a esposa do Cântico dos
Cânticos havia feito com o ramalhete de mirra). O Senhor lhe prediz que a sua
casa um dia fará parte do Monastério das Clarissas de São Damião.
4/12/1250 – Porque Santa Rosa continua a exercer
apostolado andando continuamente pelas ruas de Viterbo com o Crucifixo nas
mãos, louvando ao Senhor e exortando os cidadãos com palavras simples, em
simples conversações, por instigação dos heréticos , foi exilada da cidade.
Santa Rosa se encaminha para Soriano.
5/12/1250 – (Vigília de São Nicolau) – Junto a
Soriano, Santa Rosa profetiza que dentro de alguns dias o Imperador Frederico
II irá morrer.
13/12/1250 – Morre Frederico II.
_/12/1250 – De Soriano, depois de poucos dias,
Santa Rosa vai para Vitorquiano, onde restitui a visão à cega Indelicata e
converte a uma herética.
1/1/1251 – Em primeiro de janeiro, ou talvez já
qualquer dia das festas natalinas, Santa Rosa já retornou a Viterbo.
Em
seguida, pede para entrar no Monastério das Clarissas de São Damião.
6/3/1251 – Santa Rosa morre em Viterbo, e é
sepultada, inicialmente, no cemitério de sua paróquia de Santa Maria in Poggio.
Depois da Morte:
25/1/1252 – Mediante requisição do Bispo, clero e
povo de Viterbo, o Papa Inocência IV ordena seja instruído um processo de
canonização; o corpo é transportado para Santa Maria in Poggio.
4/9/1258 – O Papa Alexandre IV transporta o corpo
de Santa Rosa, pessoalmente, junto aos cardenais, para a Igreja do Monastério
das Clarissas de São Damião; em seguida o monastério se chamará Monastério de
Santa Rosa. Na Catedral se inicia a celebração da festa litúrgica da
translação.
1357 – Um incêndio destrói a urna onde estava
o corpo de Santa Rosa. Foi substituída por outra, de madeira, em 1358.
1418 – Eleito o Papa Martino V, com a paz
político-religiosa, muitos estrangeiros em peregrinação a Roma passavam por
Viterbo. Através de boas ofertas recolhidas na visitação a Santa Rosa o
monastério se recupera de um período de extrema pobreza. As monjas, então,
pouco a pouco fazem reformas e ampliação na Igreja e no Monastério.
3/4/1449 – (Bula do Papa Nicolau V). Santa Rosa é
chamada “Santa”. Curiosamente, o Papa Nicolau V fora eleito em um dia 6 de
Março – dia da morte de Santa Rosa -, data na qual, no Martirológio Romano, é
celebrada a memória de Santa Rosa.
Além
disto, ordena que todo ano no Dia da Purificação de Maria, ou da Apresentação
de Jesus no Templo (la Candelora) o povo ofereça na Igreja de Santa Rosa a
“cera”[1].
Neste
mesmo ano foi concedido a Indulgência pela Festa da Purificação, da visitação,
de Santa Clara e Santa Rosa.
1452 – As monjas eram em número de 52. O número oscila entre 7 monjas (1418) e 94
(no início do séc. XVI.
1453 – Ciclo pictórico de Benozzo Gozzoli na
Igreja de Santa Rosa sobre a vida e os milagres da Santa.
1441/1457 – As monjas encarregaram a Francesco
d`Antonio da Viterbo, Il Balletta, de
pintar uma nova urna, com os milagres.
1/4/1457 – Processo de Canonização ordenado pelo
Papa Calisto III. Foi fechado em 4 de julho de 1457. (Processo Calistiano -
Vita Seconda)
1471 – (Bula do Papa Sisto IV). O Papa Sisto
IV confirma a oferta da cera e da luminária pela cidade de Viterbo para a Festa
da Purificação, segundo a Bula de Papa Nicolau V, e se ordena, igualmente, para
a festa de Santa Clara e de Santa Rosa. Sisto IV concede, também, indulgência
àqueles que recitam o Ofício Litúrgico da Translação de Santa Rosa, instituído
pelo Papa Alexandre IV em 1258 e de quaisquer seus sucessores nos anos
imediatamente sucessivos.
24/7/1476 – O corpo de Santa Rosa é portado em
procissão pela cidade de Viterbo durante uma pestilência.
27/9/1509 – O Papa Júlio II confirma o Ofício
Litúrgico concedido pelo Papa Sisto IV ao Monastério com a respectiva
indulgência.
15/5/1512 – A comunidade juramenta, pelo presente
e futuro, faz uma solene procissão em honra de Santa Rosa, Patrona de Viterbo.
Desde, então, o início da Macchina di
Santa Rosa.
Já
em 1654 começou a chamar-se “Macchina” o baldaquino que sustenta a imagem de
Santa Rosa, e que percorre a cidade.
1510/1520 – É publicada a “Vita III” precedida da
“Missa Propria Santctae Rosae”
1579 – A urna de Santa Rosa é removida da
parte vizinha da muralha de Viterbo, porque muito úmida, e portada um pouco
mais adiante.
1584 – Santa Rosa é inserida no Martirológio Romano
com a denominação de “Santa/Beata”.
1586 – É publicado, novamente, o documento da
“Vita III” e da “Missa Propria Sanctae Rosae”.
O
culto, em seguida, terá sempre maior reconhecimento.
1608 – Indulgência pela Festa de Santa Rosa.
1615 – Em Santa Rosa, por ocasião da limpeza
da urna, é colocado o hábito de religiosa, como cumprimento de seu desejo de
vestir-se o hábito religioso antes de morrer. Tinha, contudo, um véu branco.
1632 – Restabelece-se a oferta da cera a
Santa Rosa, segundo o juramento de 1512. Os documentos do empenho da cidade de
Viterbo eram conservados em um canudo de estanho, perto do processo de Santa
Rosa.
Faz-se
um outro engrandecimento da igreja. Em virtude das obras foram destruídos os
afrescos de Benozzo Gozzoli, salvos somente através das cópias de Francesco
Sabatini.
21/11/1656 – Pelo livramento de Viterbo da peste,
as monjas fizeram um voto solene a Santa Rosa, por si e pelo monastério, com
licença do Cardeal Brancaccio, de jejuarem, a pão e água (excetuadas as doentes
e muito idosas), por 7 anos a vigília da Santa, e, obtida a graça, de andarem
descalças, em procissão, do coro depois do Ofício Divino, até a sua urna, por
toda a oitava da festa, cantando “Te Deum”, por todos os tempos futuros na
vigília da festa da Santa. Até hoje é mantido este uso, para manter a fé neste
voto.
Entretanto,
em 1670, o “Voto do Te Deum” foi comutado pela tarde da festa quando se beija a
urna, não por obrigação, mas por devoção[2].
13/10/1658 – Imposição do véu negro em Santa Rosa.
1695 – Procissão a Santa Rosa pelo terremoto.
Voto a Santa Rosa de jejuar por 7 anos na vigília da festa.
1699 – Uma nova urna, ricamente ornada, em
bronze, substitui aquela de madeira de 1357.
22/2/1798 – O Papa Pio VI, em visita a Viterbo,
foi beijar a mão de Santa Rosa.
1846-1850 – A nova Igreja de Santa Rosa, aquela
atual e a capela onde repousa o corpo da Santa foi erguida.
3/4/1921 – Reconhecimento do corpo: o coração de
Santa Rosa é encontrado incorrupto e posto em um relicário. O corpo de Santa
Rosa é portado em procissão por Viterbo.
1925 – Decisiva intervenção do Cardial La
Fontaine, viterbense, quando era Patriarca de Veneza, para declarar-se
Monumento Nacional o complexo do Monastério de Santa Rosa (23/9/1926).
__10/1958 – O corpo de Santa Rosa é portado, em
procissão, por Viterbo.
__11/1962 – O corpo de Santa Rosa foi submetido a
um novo reconhecimento canônico.
8/2/1983 – Santa Rosa é declarada Patrona das
Floristas pelo Papa João Paulo II, com Bula enviada ao Bispo de Viterbo, Mons.
Luigi Boccadoro.
2/9/1983 – Santa Rosa é portada em procissão por
Viterbo.
27/5/1984 – Papa João Paulo II para, em oração,
diante do corpo de Santa Rosa.
13/2/1990 – O Bispo de Viterbo, Fiorino
Tagliaferri, preside a cerimônia de reconhecimento do corpo de Santa Rosa com a
limpeza da urna e da troca das vestimentas.
2013 – A Festa de Translação do Corpo de Santa Rosa com a Macchina di Santa Rosa é declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade.
2013 – A Festa de Translação do Corpo de Santa Rosa com a Macchina di Santa Rosa é declarada Patrimônio Imaterial da Humanidade.
2016 – O Corpo de Santa Rosa é transportado pelas ruas de
Viterbo, para marcar o Jubileu da Misericórdia decretado pelo Papa Francisco.
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